quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Os diferentes tipos de homem


A oscilação faz parte da vida, pois vivemos em um mundo em constante transformação e precisamos nos adaptar a diversos fatores (ambientais, sociais, emocionais, etc.). Por isso nosso organismo está sempre se modificando. Isso não significa que estamos sempre desequilibrados: o que chamamos de desequilíbrio só acontece quando não conseguimos manter nossa flexibilidade, nosso “jogo de cintura”, quando ficamos presos, estagnados em uma situação, quando não conseguimos administrar alguma tensão.
Na Medicina Tradicional Chinesa buscamos sempre auxiliar na recuperação do equilíbrio dos pacientes. Dependendo da personalidade da pessoa, até pequenos problemas podem se transformar em grandes catástrofes. E outros transformam problemas rapidamente em soluções.
Tudo depende muito mais amplamente do “olhar” de cada pessoa sobre seus próprios dilemas do que propriamente do ambiente externo. Por isso que muitas vezes pessoas submetidas às mesmas situações difíceis reagem de maneiras tão diferentes. O “estar no mundo” é individual como as impressões digitais.

Sistemas de classificação
Os chineses antigos já trabalhavam com a noção de que existiam diferentes “tipos de homem”, e que suas reações eram mais ou menos previsíveis. Livros antigos explicam como classificar as pessoas somente olhando a forma do corpo, o rosto ou o comportamento. Essas características davam indicações até do tipo de doença a que a pessoa seria mais facilmente acometida. E como eles davam muita importância a vários sistemas divinatórios e místicos, era possível através de linhas da face, consulta a oráculos ou astros e outras metodologias inclusive prever o futuro.
Posteriormente outros sistemas de classificação de pessoas foram sendo criados através da prática dos terapeutas e de suas observações. Destacamos a classificação ampla segundo a predominância ou deficiência de Yin e Yang e a classificação de personalidade segundo os 5 Elementos (Terra, Metal, Água, Madeira, Fogo).

Linhas de investigação
Hoje os sistemas de classificação de tipos humanos são utilizados como uma forma de orientar o trabalho terapêutico. Nunca levamos a classificação “ao pé da letra”, porque não existem pessoas que pertençam a somente um tipo. E também se discute a possibilidade de mudança de tipo ao longo da vida, já que o universo e também a pessoa está em constante alteração. No entanto, essas são teorias que nos possibilitam linhas gerais de investigação.
Sabe-se que pessoas pertencentes a um determinado tipo podem ser mais propensas a certas emoções específicas, como por exemplo a raiva ou a melancolia. Sabe-se também que certos tipos são mais propensos a ter doenças que envolvam certos órgãos em detrimento de outros. O comportamento é amplamente influenciado também de acordo com o tipo ao qual a pessoa pertence. Um terapeuta experiente poderá através deste raciocínio fortalecer aspectos deficientes e acalmar características que estão em demasia.

Rotular jamais
Evidentemente que as tipologias são extremamente limitadas para descrever a infinidade de comportamentos e possibilidades dos seres humanos. A intenção deste conhecimento não é “rotular” grosseiramente os tipos humanos, mas possibilitar a utilização das tipologias como ferramentas na difícil tarefa de compreensão das possibilidades e limites de cada pessoa.
Em se tratando de pensamento oriental, devemos eliminar a mania de classificar as atitudes e os tipos humanos em “bom” e “mau”, como é nosso hábito ocidental. Tentemos, sim, perceber que tudo no mundo tem a sua utilidade quando bem empregado, quando utilizado sabiamente de acordo com o fluxo natural do Tao... O bom e o mau são faces da mesma moeda, é só mudar o ângulo no qual observamos.

Nas próximas postagens falarei mais das personalidades segundo os 5 Elementos, aguarde...

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