terça-feira, 4 de maio de 2010

Curiosidades sobre o Horóscopo Chinês

A astrologia chinesa inspira e organiza, há vários séculos, as decisões e o comportamento de centenas de milhões de indivíduos na China, no Japão, na Coréia e no Vietnã, com uma intensidade tal que nos é difícil medir e até mesmo admitir.
O signo lunar chinês é regido pelo ano e não pelo dia e mês em que a pessoa nasceu. Cada ano é simbolizado por um animal e esse animal influenciará sobre o destino e o caráter dos seres humanos nascidos durante o ano correspondente. A origem desse ciclo de animais é atribuída a várias lendas, uma das interessantes é uma doce lenda chinesa que irei lhes contar.

A festa das fadas
Sidarta Gautama, o Buda, em suas andanças pelo mundo, um dia saiu da Índia – sua terra natal – e foi visitar a China.. Lá chegando, Buda foi meditar aos pés da Montanha do Poente cujos picos nevados lhe lembravam seus queridos montes Himalaia. O Buda não sabia que naquela montanha mágica morava a formosa fada Si Wang Mu, guardiã da Árvore da Imortalidade. Essa árvore encantada era de cristal e jade e media cem metros de altura. Frutificava somente uma vez a cada três mil anos e as fadas da corte de Si Wang Mu davam de comer seus frutos mágicos – os pêssegos da imortalidade – aos eleitos, aos sábios e profetas que automaticamente se tornavam imortais.
Desejando homenagear os animais da floresta, o Buda mandou convidá-los para almoçar com ele os delicados manjares que trouxera da Índia. Mas, como o almoço de Buda coincidia com a grande festa da Rainha das fadas, os animais da floresta preferiram ir ao festim das fadas e tentar um passaporte para a imortalidade em vez de atender ao chamado do mestre.

Os 12 convidados
De todos, somente 12 animais atenderam ao convite de Buda: o Rato, o Búfalo (Boi), o Tigre, a Lebre (Coelho), o Dragão, a Serpente, o Cavalo, o Carneiro, o Macaco, o Galo, o Cachorro e o Javali (Porco). A cada um Buda agradeceu contente e ofereceu um dos Sete Objetos Preciosos do Budismo, o “Ju I” – um pequeno cetro de bambu em cuja ponta havia uma miniatura da Constelação do Dragão, símbolo da ciência adivinhatória. Com esse cetro, os animais teriam o dom de adivinhar o futuro.
Depois do jantar, a cada animal o senhor Buda ofereceu um ano de regência, que levaria o seu nome, segundo a ordem de chegada. Cada animal exerceria uma sutil influência sobre as pessoas nascidas no seu ano, como também sobre os acontecimentos do próprio ano: plantações, colheitas, terremotos, etc. Os animais ficaram muito contentes com o presente do Sublime Buda. E assim nasceu o Zodíaco Chinês.

Influência
A pessoa nascida no ano de regência desses animais herdará sua força ou sua fraqueza, será violento ou pacífico, orgulhoso ou humilde. Por certo, surgirão diferenças desde o nascimento devido ao meio em que nascerem, más ações praticadas em vidas anteriores, e também pela interferência do “Companheiro de Estrada” (outro animal que é determinado pela hora de nascimento) e do “Elemento Predominante” (Madeira, Fogo, Terra, Metal e Água). Contudo, os traços mais marcantes da sua personalidade serão muito parecidos, bem como o destino a percorrer na vida.
Para os chineses ou japoneses o ano tem início em janeiro ou fevereiro devido ao calendário lunar, e os que nascem em janeiro ou fevereiro tanto podem ser do signo do ano anterior como do signo do ano ocidental em vigor.

Ser ou não ser
Para o oriente, a questão decisiva a se fazer frente ao horóscopo não é “o que eu posso ter?”, mas “o que eu posso ser?”. O Asiático não pensa: “eu tenho essas predisposições, aptidões ou fraquezas inerentes ao meu horóscopo”, mas sim: “como posso ser um melhor Tigre, Cabra ou Cão, em todas as circunstâncias da vida?”.
As inclinações e as tendências tratam sobretudo de direções, que implicam uma progressão flexível e rítmica, uma espécie de dança poética do destino em que cada animal possui seu passo, suas piruetas, seus saltos e toda uma coreografia específica. Esse ritmo deve ser muito bem entendido por aquele que quiser evoluir sem se perder e aproveitar as suas características inerentes.

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