quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Fazendo escolhas saudáveis em 2010

De acordo com a Medicina Tradicional Chinesa, compreendemos as doenças sempre como sinais de um desequilíbrio energético maior. Os sintomas são sinais de alerta. O ser humano é considerado um microcosmo inserido no macrocosmo, portanto seu adoecimento reflete uma inadaptação não só interna, mas também nas suas relações com o mundo.
Os desequilíbrios energéticos são multi causais, provocados por uma justaposição de fatores: o emocional, o dietético, o climático-ambiental e o constitucional. E eles se deixam transparecer através dos sintomas: dores, cansaço, alterações emocionais, etc. Os desequilíbrios, portanto, transparecem geralmente através de complexos conjuntos de sinais e sintomas.

Mentalidade de consumo
O que fazemos quando estamos nos sentindo mal? Procuramos uma solução, geralmente através de uma mentalidade de consumo. Ou seja, queremos comprar uma pílula ou um xarope. Queremos pagar exames e uma consulta que nos faça sentir melhor. Mas isso não é o suficiente.
Desequilíbrios são resultado de escolhas erradas que fazemos em nossa vida. Nós não “pegamos” uma gripe que por acaso estava passando por aí... nós nos deixamos enfraquecer ou de alguma forma colaboramos para que nosso organismo somasse causas e condições suficientes para que tenhamos sido afetados. E apesar de toda a informação disponível atualmente não somos capazes de colocar em prática medidas cotidianas e simples para assegurar nossa resistência.

Terapia ao alcance de todos
Vamos pensar nas nossas escolhas então, na nossa responsabilidade. Quem sabe não nos alimentamos direito? Quem sabe andamos ingerindo muitas substâncias nocivas através de embutidos, enlatados e industrializados? Substâncias sintéticas e “mortas”, das quais o corpo não consegue extrair uma gota de energia viva? E que além do mais, por não serem reconhecidas de tão sintéticas e modificadas, se acumulam provocando toda sorte de bloqueios e toxinas?
Ou simplesmente não comemos, por falta de tempo, por ideais estéticos malucos, ou falta de informação sobre a propriedade medicinal dos alimentos, com seus diferentes sabores e cores. E isso não é caro ou difícil, existem feiras em todos os lugares, e muito baratas, que são verdadeiras farmácias naturais.

Esquecimento de si mesmo
Ou quem sabe andamos muito alheios de nós mesmos, levando a vida no “piloto automático”, sem refletir sobre os relacionamentos, o trabalho, os objetivos existenciais? Não damos importância às nossas emoções, e simplesmente as afastamos, sem ouví-las. Nos acomodamos iludindo a nós mesmos de que não temos escolha sobre o que nos acontece. Sim, muitas vezes não podemos mudar os fatos, mas podemos mudar nossa maneira de lidar com eles, e isso faz toda a diferença.
Quem sabe não estamos engolindo um pouco de álcool demais ou estamos engolindo antidepressivos demais para evitar pensar no que incomoda? Quanto tempo ficaremos dependentes de muletas e iremos preencher os vazios com todo tipo de produtos e ilusões, para evitar entrar em contato com o que precisa e deve ser mudado em nossa vida?

Comodismo perigoso
O que andamos escolhendo afinal, que nos faça preservar e reforçar a nossa saúde? Nós sabemos o que é necessário para alcançar uma vida equilibrada e com o mínimo de adoecimento. Cada pessoa tem a sabedoria intrínseca, e pode buscar informação no mundo, sobre o que pode ser bom para si. Por que não prestar atenção aos sinais e agir? Simplesmente porque às vezes não nos responsabilizamos por nós mesmos e preferimos comprar a saúde e a felicidade através de pílulas. De preferência pílulas pequenas e fáceis de engolir, e que não tenham gosto amargo.
Pois eu acho que mais amargo é viver a vida sem assumir a responsabilidade pelas próprias escolhas e pela própria saúde, sem questionar seu trabalho, suas relações, sem aproveitar crises para crescer e mudar. Sintomas e doenças são sinais de alarme, requerem nossa atenção. Crises são oportunidades. Se nós não fizermos as escolhas certas a cada dia por nós mesmos, quem fará? A quem ou ao quê iremos culpar no final?

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